quarta-feira, 18 de junho de 2008

Declarações



PSICÓLOGA: CAZUZA ERA MARGINAL

Circula na rede um texto contundente, cuja autoria é atribuída a uma profissional Mestra em Psicologia e que, certamente, muitas pessoas já leram.

Antes de reproduzir, para que saibam os que ainda não o receberam e para que se teçam algumas considerações necessárias, afirmo que me pareceu peça intrigante sob diversos aspectos. Confesso que por não conhecer a autora e outros pensamentos correlatos —pelo menos ainda não os li— , sinto-me incapaz de concluir se o raciocínio representa uma opinião que tem alguma fiança à nossa classe.Creio que não!Trata-se de uma opinião pessoal !

Embora divida sua crítica em tom semelhante aos pais de Cazuza, causa certa inquietação a eventual possibilidade de manifestações do gênero tornarem-se incentivos a julgamentos impróprios, principalmente por envolver alguém que já não pode mais se defender por si mesmo.

Decido não publicar o nome da autora por razões óbvias, dentre elas o fato de não saber se o texto foi tornado público com o seu consentimento.

Ei-lo, reproduzido na íntegra, no mesmo formato em que me foi oferecido.


Declarações da Psícologa:

"Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro. Admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra. Um criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não. Estou horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente, ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que bater na mãe, usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, são certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não fazem filmes de pessoas realmente importantes, que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que, a morte de Cazuza, foi conseqüência da omissão dos seus pais, e uma educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO, quando necessário? Lembrem-se que, NÃO, é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. E essa educação já começa desde bebê. Não se preocupem em ser amigo de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou. Foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois o verdadeiro amigo, não diz SIM, sempre." Portanto, NÃO, é a melhor maneira de dizer ao seu filho que você o ama e ele é a pessoa mais importante da sua vida."